Carga viva: como funciona, regras para o transporte e mais

Quando pensamos em transporte de carga viva, muito cuidado e respeito devem estar envolvidos. Tanto que existe uma série de regras consolidadas para o frete de animais, seja qual for a sua finalidade – para a produção, esporte, lazer, exposição e outras.

Você quer atualizar seus conhecimentos sobre esse assunto? Ou, então, descobrir quais os caminhões mais apropriados para esse tipo de transporte? Continue a leitura e entenda.

O que é uma carga viva?

Carga viva é um termo que se refere a animais transportados em veículos para diferentes finalidades, como produção, comércio, esportes, lazer ou exposições. Isso inclui, por exemplo, bovinos, aves, cavalos, etc.

Esse conceito também descreve os cuidados e procedimentos específicos necessários para transportar seres vivos de maneira segura. Afinal, o respeito e o bem-estar durante o trajeto é importante, até mesmo para reduzir o estresse dos animais.

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O que diz a lei sobre o transporte de cargas vivas?

A resolução n.º 791/2020 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), consolidou normas para o transporte de animais. Segundo ela, há diretrizes para assegurar o bem-estar e a segurança da carga, assim como a conformidade dos veículos envolvidos neste processo.

A resolução dita que os veículos de transporte de animais vivos (VTAV) devem ser projetados para evitar sofrimento e ferimentos, com estrutura adaptada à espécie e categoria dos animais transportados.

Além disso, esses caminhões devem permitir ventilação adequada, proteger contra temperaturas extremas e fugas, e garantir segurança com pisos antiderrapantes e sistemas de elevação, quando necessário.

Para casos de transporte em veículos com múltiplos pisos ou transporte de cavalos, muares e asininos, a norma detalha requisitos adicionais, como a necessidade de baias individuais e homologação dos veículos junto aos órgãos competentes.

Aliás, o regulamento inclui exigências sanitárias e outras obrigações específicas, como o controle de temperatura e ventilação em caminhões de transporte de animais vivos, assegurando que todos os aspectos necessários ao bem-estar animal sejam contemplados.

Demais regras que regulamentam o transporte de carga viva

Além da resolução n.º 791/2020, há outras legislações e normativas no Brasil que regulamentam o transporte de carga viva:

• Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Lei n.º 9.503/1997: o CTB contém disposições gerais para o transporte de carga em veículos automotores, incluindo aspectos de segurança específicos para o transporte de animais;
• Legislação Sanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA): essa legislação visa garantir o bem-estar animal e as condições sanitárias no transporte. Normas como o Manual de Preenchimento para Emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), necessário para a movimentação de animais, fazem parte desse conjunto de exigências;
• Instrução Normativa n.º 30/2004 do MAPA: é focada no bem-estar dos animais durante o transporte e abate, essa normativa estabelece parâmetros de conforto e segurança;
• Resoluções anteriores do CONTRAN: embora a Resolução nº 675/2017 tenha sido revogada pela Resolução n.º 791/2020, ainda é útil para entender a evolução das normas;
• Normativas estaduais e municipais: algumas regiões possuem legislações complementares que adicionam regras específicas de saúde, segurança e bem-estar animal no transporte. Portanto, é preciso estar atento a elas.

Vale reforçar que o objetivo dessas regras é muito mais do que garantir a segurança do transporte, mas também assegurar o respeito ao bem-estar dos animais durante todo o deslocamento.

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Como funciona o transporte de cargas vivas?

O transporte de cargas vivas segue uma série de etapas e práticas específicas para minimizar o estresse e garantir condições adequadas de transporte desse tipo de carga.

Geralmente, esse tipo de transporte funciona da seguinte forma:

1. Planejamento e preparação

Antes de pegar a estrada, é necessário obter documentos, como a Guia de Trânsito Animal (GTA), que atesta que os animais estão aptos a serem transportados, além de cumprir os requisitos de saúde e segurança.

Em relação ao veículo, este deve ser adequado à espécie e categoria dos animais e portar certificado de adequação à legislação. Isso inclui a checagem de condições como:

• Ventilação;
• Resistência da estrutura;
• Piso antiderrapante;
• Proteção contra temperaturas extremas;
• Dispositivos de segurança contra fugas e evitem lesões.

Por fim, o veículo deve ser preparado para garantir que os animais tenham espaço suficiente para permanecerem em pé, salvo exceções como aves, e com divisórias, baias ou gaiolas conforme necessário.

2. Carregamento dos animais

Na etapa de carregamento, os animais são conduzidos usando rampas com superfícies antiderrapantes ou sistemas de elevação para minimizar o risco de quedas e contusões.

Os profissionais responsáveis devem ter experiência no manejo de animais, garantindo que eles sejam guiados com calma, sem o uso de métodos que causem dor ou pânico.

Em muitos casos, os animais são separados por espécie, idade ou outros critérios para evitar que os animais briguem, se estressem muito ou tenham ferimentos.

3. Durante a viagem

Os caminhões devem garantir a circulação de ar adequada e sistema de controle de temperatura, quando necessário, para proteger os animais do calor extremo ou frio excessivo.

Em viagens longas, podem ser necessárias paradas para descanso, alimentação e fornecimento de água aos animais.

Os condutores e responsáveis devem monitorar os animais durante todo o percurso. Isso para observar sinais de estresse, desconforto ou acidentes.

4. Desembarque dos animais

O desembarque é feito de maneira controlada, usando rampas ou equipamentos para garantir que os animais saiam com segurança do veículo.

Após o transporte, a carga é analisada para verificar seu estado de saúde e se sofreu qualquer lesão ou estresse significativo durante a viagem.

Por falar em transporte, entenda quais são os tipos de caminhões mais usados no frete de animais.

Tipos de caminhões que transportam cargas vivas

Os principais tipos de caminhões utilizados para transportar cargas vivas, os chamados VTAV, variam conforme o tipo e a espécie de animal a ser transportado.

Os tipos mais comuns incluem:

Caminhões gaiola

Principalmente para o transporte de bovinos, suínos e outras espécies de animais de produção.

Os caminhões gaiola são projetados com grades laterais que permitem ventilação adequada e contêm estruturas para manter os animais seguros durante a viagem.

Caminhões baú com controle de temperatura e ventilação

Os caminhões baú são usados para o transporte de animais que precisam de um ambiente controlado em termos de temperatura e ventilação, reduzindo o estresse térmico.

Reboques ou semirreboques especializados

Reboques ou semirreboques são usados, muitas vezes, para transporte de cavalos, muares, asininos e outros animais. Eles podem conter baias individuais para proporcionar maior conforto e segurança.

Caminhões com múltiplos pisos

Utilizados para aumentar a capacidade de transporte, esses veículos são projetados com pisos resistentes e superfícies antiderrapantes, além de sistemas de elevação para facilitar o embarque e desembarque dos animais.

Alt: Caminhões carregando carga viva

Legenda: Caminhões com múltiplos pisos são projetados para facilitar o embarque e desembarque dos animais. (Foto: Getty Images)

Caminhões adaptados com rampas e baias

Veículos projetados com rampas para o embarque e desembarque seguro dos animais. Contém superfícies antiderrapantes e divisórias que impedem deslocamentos bruscos e acidentes.

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Independente do modelo usado, o caminhão deve ser adaptado para garantir o melhor tipo de transporte para os animais. E sabe onde você pode encontrar os melhores caminhões para fazer o transporte de cargas vivas? Isso mesmo, na Localiza Pesados!

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