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Última atualização em 24/1/2024

Logística Urbana: Veja os 5 desafios pós-pandemia

Entenda como a pandemia impactou a logística urbana e quais são os 5 principais desafios enfrentados. Leia mais!
logistica urbana na pandemia - mulher com máscara dentro do estoque

A pandemia de Covid-19 trouxe grandes mudanças para a logística urbana. Com as restrições de mobilidade impostas pelas medidas de isolamento social, houve um aumento expressivo do comércio eletrônico.

Assim, as empresas de logística passaram a ser demandadas por mais eficiência e agilidade.

Por outro lado, a pandemia também afetou negativamente a economia. Isso reduziu o poder de compra dos consumidores e aumentou os custos operacionais das empresas.

Diante desse cenário, quais são os principais desafios que a logística urbana terá que enfrentar no pós-pandemia?

Neste artigo, vamos apresentar cinco deles, bem como indicar algumas soluções. Acompanhe!

1. Altos preços de aluguel

Um dos efeitos da pandemia na logística urbana foi a necessidade de ampliar o espaço físico das empresas para comportar as operações logísticas, como armazenamento, separação e embalagem dos produtos.

Isso está diretamente ligado com o aumento do volume de pedidos online, bem como com a diversificação das categorias de produtos vendidos pela internet.

Depois da pandemia, elas passaram a incluir itens perecíveis, como alimentos e medicamentos.

No entanto, encontrar espaços adequados para a logística urbana não é uma tarefa fácil. Isso é especialmente verdade nas grandes cidades, onde há uma competição acirrada por áreas próximas aos centros de consumo.

Além disso, os preços de aluguel desses espaços são elevados e tendem a aumentar ainda mais com a demanda.

Segundo um estudo da consultoria JLL, o preço médio do aluguel de galpões logísticos no Brasil subiu 8,08% entre 2020 e 2021.

O estado de Santa Catarina puxa a média para cima, apresentando um aumento de 15,6% nos preços do metro quadrado no período. Em São Paulo, a variação chegou a 5,2% para cima.

Alternativas econômicas

Para enfrentar esse desafio, as empresas de logística terão que buscar alternativas mais econômicas e eficientes para otimizar o uso do espaço disponível. Alguns caminhos possíveis são o uso de tecnologias de automação, inteligência artificial e big data.

Além disso, as empresas poderão recorrer a modelos de negócio como o coworking logístico, que consiste no compartilhamento de espaços e recursos entre diferentes empresas.

2. Necessidade de adaptação da frota

Outro desafio da logística urbana no pós-pandemia é a adaptação da frota de veículos para atender às novas demandas do mercado. Com o crescimento do comércio eletrônico, aumentou também a importância da chamada última milha ou last mile, a etapa final da entrega dos produtos aos consumidores.

A última milha é considerada uma das mais complexas e custosas da logística urbana, pois envolve fatores variados, como:

  • congestionamento;
  • restrições de circulação;
  • dificuldade de estacionamento; e
  • segurança.

Modernização da frota como solução

Para superar esse desafio, as empresas de logística terão que investir na modernização e na diversificação da frota de veículos, buscando soluções mais ágeis, sustentáveis e econômicas.

Gestores de frota que querem contornar as dificuldades trazidas pelas novas demandas devem considerar as seguintes alternativas:

  • Veículos elétricos: movidos por baterias recarregáveis que não emitem poluentes e têm um custo operacional menor do que os veículos movidos a combustão;
  • Veículos autônomos: são equipados com sistemas inteligentes e se locomovem sem a intervenção humana, reduzindo os riscos de acidentes e aumentando a produtividade;
  • Veículos alternativos: utilizam modais diferentes dos tradicionais, como bicicletas, motocicletas, patinetes e drones. Esses veículos são mais adequados para entregas de pequeno porte e curtas distâncias, pois são mais rápidos, flexíveis e econômicos.

3. Aumento no nível de exigência do consumidor

O terceiro desafio da logística urbana no pós-pandemia é o aumento no nível de exigência do consumidor em relação à experiência de compra online.

A pandemia acelerou a digitalização do consumo e ampliou o perfil dos compradores online, que passaram a incluir pessoas de diferentes faixas etárias, rendas e localizações.

Com isso, a logística urbana teve que se adaptar para atender a uma maior variedade de produtos e serviços, que vão desde itens duráveis, como eletrodomésticos e móveis, até itens perecíveis, como alimentos e medicamentos.

Soma-se a isso uma mudança nas expectativas dos consumidores, que passaram a demandar mais rapidez, conveniência e personalização na entrega dos pedidos.

Segundo uma pesquisa da Intelipost, 41% dos consumidores online brasileiros esperam receber seus pedidos em até dois dias úteis. Essa tendência é ainda mais forte nas grandes cidades, onde há uma maior oferta de serviços de entrega expressa.

Apoio da tecnologia

Para atender a esse nível de exigência, as empresas de logística terão que investir em tecnologias e processos que permitam:

  • aumentar a precisão na previsão de entregas;
  • reduzir o tempo de trânsito;
  • oferecer mais opções de horários e locais de entrega;
  • facilitar o rastreamento dos pedidos; e
  • melhorar a comunicação com os clientes.

4. Retenção de motoristas

O aumento da demanda por serviços de entrega online também implicou em um aumento de demanda por profissionais capacitados. Assim, profissionais da logística urbana também enfrentam dificuldades de retenção de motoristas qualificados para realizar as entregas.

Encontrar e manter esses profissionais não é uma tarefa simples. Afinal, há uma escassez de mão de obra qualificada no mercado e uma alta rotatividade no setor.

Alguns dos fatores que contribuem para essa situação são:

  • Baixa remuneração: muitos motoristas recebem salários baixos ou variáveis, dependendo do volume de entregas realizadas;
  • Jornada extensa: a jornada de trabalho dos motoristas costuma ser extensa, sem intervalos regulares ou descanso adequado;
  • Condições adversas: esses profissionais também enfrentam situações de risco, como trânsito intenso, acidentes, assaltos e violência;
  • Falta de reconhecimento: a falta feedbacks positivos ou incentivos por parte das empresas ou dos clientes é outro desmotivador de muitos motoristas.

Benefícios para os profissionais

Para enfrentar esse desafio, as empresas de logística terão que adotar medidas para valorizar e motivar os motoristas, como:

  • oferecer salários mais atrativos;
  • benefícios adicionais;
  • treinamentos constantes;
  • equipamentos de segurança;
  • apoio psicológico; e
  • oportunidades de crescimento profissional.

Além disso, poderão recorrer a novas formas de contratação, como o crowdshipping. A nova modalidade consiste no uso de motoristas independentes, cadastrados em plataformas digitais, para realizar entregas sob demanda.

5. Impactos ambientais

Por fim, mas não menos importante, outro desafio da logística urbana no pós-pandemia é a redução dos impactos ambientais causados pelas atividades de transporte e distribuição nas cidades.

A pandemia trouxe uma maior conscientização em relação à questão ambiental por parte dos consumidores. Assim, eles passaram a buscar produtos e serviços mais sustentáveis e responsáveis.

Segundo uma pesquisa Global Consumer Insights Pulse Survey de 2022, realizada pela PwC, 49% dos consumidores brasileiros levam em consideração fatores ambientais, como compromisso com a redução das emissões de carbono, na hora de fazer suas compras.

Além disso, 65% estão dispostos a pagar mais por produtos produzidos localmente ou no próprio país.

Caminhos mais sustentáveis

Para atender a essa demanda, as empresas de logística terão que adotar medidas para reduzir as emissões de gases poluentes, o consumo de combustíveis fósseis, a geração de resíduos sólidos e o uso de embalagens descartáveis.

Algumas dessas medidas são:

  • Uso de veículos elétricos ou híbridos: como já mencionado anteriormente, esses veículos são mais econômicos e ecológicos do que os veículos movidos a combustão;
  • Uso de rotas otimizadas: com o auxílio de softwares e aplicativos, as empresas podem planejar as melhores rotas para os seus veículos, evitando congestionamentos, desvios e atrasos. Isso reduz o tempo de viagem, o consumo de combustível e as emissões de poluentes;
  • Uso de modais alternativos: dependendo da distância e da urgência da entrega, as empresas podem optar por modais de transporte mais sustentáveis, como bicicletas, patinetes, drones ou até mesmo a pé. Esses modais são mais ágeis, baratos e ecológicos do que os veículos tradicionais;
  • Uso de embalagens retornáveis ou recicláveis: as empresas podem reduzir a geração de resíduos sólidos e o uso de materiais descartáveis ao utilizar embalagens que possam ser devolvidas, reutilizadas ou recicladas. Isso também gera economia de custos e valorização da marca.

A logística urbana no pós-pandemia é um tema complexo e dinâmico, que exige adaptação e inovação dos seus participantes. Os desafios e as soluções apresentados neste artigo são apenas alguns exemplos das possibilidades que existem nesse campo.

Para continuar se aprofundando no tema das dificuldades enfrentadas pelo profissional de logística, leia também nosso artigo sobre os desafios da logística no agronegócio e como superá-los!

Equipe Localiza Gestão de Frotas
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